Tocar o coração das pessoas me interessa mais.
Graduação em Publicidade e formação em Psicanálise; eu sabia que essa dupla jornada fazia muito sentido. E agora os números provam que o meu interesse pelo – comportamento humano – fará ainda mais diferença no entendimento do mercado de consumo.
Na ultima semana a WGSN publicou um excelente artigo que afirma que metade das compras são feitas por impulso e 95% delas são regidas por emoções em geral. Sobreviventes desta era pós pandemia, ficamos ainda mais afetados pelos sentimentos e carentes de relações humanas, genuínas.
É chegado o tempo de nutrir uma relação para além do racional; as marcas que – verdadeiramente – alcançarem o coração das pessoas terão mais chances de torná-las seus consumidores fiéis.
O artigo citado é pautado, sobretudo, em três emoções que nos fazem refletir o futuro logo ali de um mercado em constante transformação e, por isso mesmo, exigente de percepções humanas e indagações sobre o comportamento daqueles que são o destino e o centro de todos os esforços de uma empresa: o cliente, sua majestade.
A primeira emoção citada pela WGSN é a “alegria estratégica”. Por ela entendemos todos os esforços feitos “para enfrentar a negatividade e reconstruir o mundo como um espaço mais inspirador, inclusivo e acolhedor”. Esta alegria é um antídoto aos sentimentos negativos que dominaram o mundo nos últimos anos, como medo, insegurança, estresse agudos e perdas. “Cultivar a alegria não é apenas fundamental para a saúde pessoal – também é para a saúde dos negócios”. Marcas que valorizem e despertem os sentidos mais positivos sairão na frente e serão as mais relevantes no critério das compras.
O segundo sentimento que o referido artigo cita é o “desvontade”, uma palavra inventada que é sinônimo de ” ‘a ânsia por se livrar de responsabilidades’ e funcionará como um importante mecanismo de defesa para as pessoas que se sentirão sob pressão em 2027″. É um verdadeiro incentivo às pessoas a viverem uma vida mais tranquila, descomplicada, leve e feliz. “A Desvontade também se reflete no mundo digital, com mais pessoas se desligando da tecnologia e adotando o ‘minimalismo de notificações’ – a prática de eliminar alertas desnecessários de seus dispositivos”.
Por fim, a ultima postura citada que deverá permear o comportamento dos consumidores em 2027 é o “otimismo cético”, que revela uma positividade centrada, equilibrada; é um sentimento de otimismo racional, realista e sem exageros. Embalado pelos avanços tecnológicos, o mundo estará vivendo uma espécie de gangorra, ora oscilando entre otimismo e euforia, ora num cenário de preocupações e incertezas. Manter os pés no chão será a chave para o equilíbrio.
Ficam aqui 3 insights:
– ALEGRIA ESTRATÉGICA: como a sua marca pode trazer mais leveza e alegria?
– DEVONTADE: como podemos contribuir para aliviar a carga e contribuir para uma vida com menos obrigações e mais prazer?
– OTIMISMO CÉTICO: como estabelecer confiança sem fechar os olhos para a realidade?
Um abraço,
Mariuche Ismerim
CEO | HOYO Brand.